sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PARQUE TANCREDÃO – O MAIOR PARQUE PÚBLICO ESPORTIVO DO ESTADO - (EM CONSTRUÇÃO).

Surge de aterros de mangues e de águas da baia de Vitória, entre as décadas de 60 e 70, e como acrescido de marinha, valorizou o ambiente urbano da ilha de Vitória.

Por: Willis de Faria (Crônicas de uma Ilha)

O Parque Tancredo Neves, uma homenagem ao primeiro Presidente Constitucional da República, pós regime militar, conhecido popularmente como Tancredão, foi construído pelo Governo do Estado do Espírito Santo sobre terrenos de marinha, numa área de 57.000m², onde anteriormente existia uma imensa franja de mangue em forma de ponta de lança, obdecendo a direção predominante das correntes de águas do canal da baia de Vitória,  onde durante os anos 60 se constituiu em um grande vazadouro da coleta de lixo de Vitória, e favorecer posteriormente, que sobre o aterro sanitário, se ergueu-se uma pequena favela conhecida popularmente como “Urubulândia”. 




Era um péssimo cartão postal para Vitória, pois o turista quando chegava a entrada da cidade através da Ponte Florentino Ávidos, tinha como cartão de visita esta imensa favela, que se defrontava com o lado esquerdo da Ilha do Príncipe. 





Após a complementação dos aterros com dragagem do canal, entre as duas ilhas, que ocorreu na década de 70, quando a Ilha do Príncipe foi integrada a ilha de Vitória, projetou-se este Parque Urbano, sobre estes terrenos acrescidos de marinha ou seja conquistados do mar. Foi inaugurado dia 30 de abril de 1986 e se tornou a primeira grande praça pública de esportes de Vitória. Arrojadamente projetado pelo arquiteto capixaba Carlos Alberto Vivacqua Campos, que já tinha projetado a nova sede do Palácio Municipal (Palácio Jerônimo Monteiro), como sede da Prefeitura Municipal de Vitória, na Avenida Beira Mar, procurou distribuir os equipamentos de esportes e lazer de maneira harmoniosa sobre sua forma triangular. Trilhas sinuosas pavimentadas cortavam o Parque, entre coqueiros e gramados, levando a um anfiteatro em forma circular, um relógio de sol gigante de concreto, quadras esportivas e equipamentos para lazer infantil de concreto para lazer infantil (serpente marinha, maçãs, etc). Para os adeptos de caminhadas e exercícios físicos, integravam-se também ao Parque, equipamentos de musculação e ginástica construídos com toras de eucalipto e ferro. Após a inauguração pelo Governador Gerson Camata, foi de imediato repassado ao Município de Vitória, durante a administração do Prefeito Municipal Hermes Laranja, através de um convênio por tempo indeterminado a gestão da referida área. Durante a sua inauguração, o auge foi à apresentação de ex-integrantes da seleção brasileira de futebol, que abrilhantaram com uma partida de futebol em um campo de futebol society. 



No ano de 2004, após varias discussões com a comunidade do entorno, motivado pelo abandono da área e seu mau uso e a falta de segurança aos usuários, o Parque Tancredão passou por uma reforma ampla, com seu cercamento total, instalação de portais de acesso com guaritas patrimoniais de vigilância, bem como vigilância interna para os usuários, em regime de plantão 24 horas. Foram remodeladas as áreas de esporte, com novos vestiários e apoio administrativo, novos alambrados nas quadras esportivas (futebol society, gramado e beach soccer). Todos os equipamentos foram pintados e novos brinquedos instalados no play ground. O paisagismo recebeu intervenções com a remoção de algumas plantas e criação de novas ilhas de vegetação. Foi ele integrado ao modelo de administração de Parques implantados na cidade, que contempla gerencias administrativas, esportiva e serviço de educação ambiental, com horários e regimentos internos de funcionamento. 

FOTOS: ACERVO WILLIS DE FARIA
 
 FIGURA: BRINQUEDO INFANTIL (SERPENTE MARINHA)
 FIGURA: ANFITEATRO
  
 FIGURA: RELÓGIO DE SOL
FIGURA: ANFITEATRO
 FIGURA: VESTIÁRIOS
 FIGURA: CERCAMENTO DO ENTORNO DO PARQUE
 FIGURA: SEDE ADMINISTRATIVA
 FIGURA: CAMPO DE BEACH SOCCER
 FIGURA: ALAMEDAS INTERNAS
 FIGURA: CAMPO DE FUTEBOL
 FIGURA: PAISAGISMO
 
 
 
 FIGURA:QUADRA POLI-ESPORTIVA
 FIGURA: EQUIPAMENTOS DE EXERCÍCIOS
O novo Parque Tancredo Neves, que na realidade se transforma em um Complexo de Esporte e Lazer, com localização  administrativa no Bairro Mario Ciprestes,  tem uma área de 52.764,54 m² para uso recreativo, esportivo e contemplativo. A idéia central do empreendimento é o de dotar a área com uma estrutura que dê suporte à população para suas necessidades de lazer e esporte, através de diversos equipamentos. A Praça Central, que ocupará 5.857 m2, serão destinados aos mais variados eventos, além pistas de skate (com uma área de 1.295 m²) e playground. Será construído um Ginásio de Esportes com uma área de 6.118 m², com capacidade para 2.076 pessoas, equipado com sanitários públicos, vestiários de atletas e bares sob as arquibancadas. No piso térreo vai estar o setor administrativo com auditório, gabinete dentário e administração. Além de uma garagem dos barcos destinada à guarda das embarcações de treinamento. Os estacionamentos de automóveis ficarão junto ao ginásio na área de lazer, com capacidade para 186 vagas. Os sanitários públicos vão estar estrategicamente colocados ao longo do parque, vinculados às estruturas das passarelas e pergolados. O Conjunto Aquático, que ocupará uma área de 2.523 m², terá duas piscinas, sendo uma semi-olímpica, destinada à competição e outra de recreação, além do conjunto de vestiário e arquibancadas. Um píer com 392 m² abrigará as atividades de Pesca Esportiva. O píer flutuante, menor, servirá para atracagem das embarcações. A estes se juntam outros três, com áreas que variam de 99 m² até 147 m², que se destinam a área de estar. O edifício da base operacional terá refeitório de funcionários, vestiários, administração e depósito de lixo, numa área de 240,35 m². A obra este sendo executada , cujos custo estão sendo feitos em uma pareceria entre o Governo do Estado do Espírito Santo e a Prefeitura Municipal de Vitória. A empresa responsável pelas obras é a Construtora Apia Ltda. A reforma do Parque Tancredão, era para terminar em junho deste ano. Dois meses depois da promessa, voltamos até o Parque que continua em obras. 
E vejam só: a reforma, que em 2006 custaria R$ 15 milhões, em 2008 passou para R$ 26 milhões e agora está em R$ 38 milhões.  O custo da obra mais que dobrou nesses quatro anos e a reforma agora só fica pronta no ano que vem. Será entregue em duas etapas: uma em janeiro e a outra em julho de 2011. A idéia central do empreendimento é o de dotar a área com uma estrutura que dê suporte à população para suas necessidades de lazer e esporte, através de diversos equipamentos. O projeto que está sendo executado no Parque Tancredo Neves é de autoria do arquiteto paulista Francisco Spadoni e foi selecionado por meio de um concurso realizado em 2006 pela Prefeitura de Vitória, em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ilha de Santo Antônio




Ilha de Santo Antônio
Mais Historia

Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, é a principal ilha de um arquipélago de 34 ilhas e o centro da Região Metropolitana da Grande Vitória,  formada por ela e pelos municípios de Vila Velha, Cariacica, Viana e Serra. 
Fundada oficialmente em 8 de Setembro de 1551, Vitória é uma das dez cidades mais antigas do Brasil. Mas, ao mesmo tempo, vem se tornando uma cidade  moderna e tem muito a oferecer: praias, vida noturna, bons hotéis, excelentes restaurantes e grandes áreas de lazer. Sua geografia é caracterizada por sinuosidades, recortes, afloramentos rochosos, encostas, baía e canal. A cidade de Vitória é o centro da área metropolitana de mesmo nome, e tem segundo o Censo de 1991 do IBGE, 258.243 habitantes, o que representa aproximadamente 10% da população total do Estado do Espírito Santo.
Seu encanto inspirou denominações como "Ilha do Mel", "Ilha de Santo Antônio", "Ilha de Nossa Senhora da Vitória", "Cidade Presépio" e "Delícia de Ilha". 
Os núcleos urbanos estabelecidos nos primeiros séculos da colonização brasileira situavam-se, de modo predominante, no litoral, por razões econômicas, administrativas e militares. 
Assim em vinte e três de maio de 1535, oitava de Pentecostes (domingo), a caravela de Vasco Fernandes Coutinho aportou, em terrenos baixos,  junto ao Monte Moreno, à esquerda da entrada da baía - que julgaram ser um rio. Como se tratava do dia dedicado à terceira pessoa da Santíssima Trindade pela Igreja Católica, ao rio e à vila logo iniciada foi dado o nome de Espírito Santo, depois estendido a toda a Capitania. Nos dias atuais esta localidade faz parte do município de Vila Velha. 
Inspirado pela preocupação de tornar menos precária a segurança dos seus governados, sujeito a ataques indígenas, Vasco Coutinho transferiu a sede da Capitania para a Ilha de Santo Antônio, atual ilha de Vitória, onde a defesa era mais fácil, protegida que estava pelas águas circundantes. 
É muito controvertida a data da mudança da sede do governo da Capitania. A dúvida fica entre os anos de 1550 e 1551, sendo que oficialmente é considerado o dia 8 de setembro de 1551 como o dia da cidade de Vitória. 
A parte alta da cidade, ao oferecer condições naturais de defesa, concentrava as parcas construções oficiais e sobretudo as religiosas. Ao redor do núcleo original, eram construídas as residências, que, aos poucos, davam origem às ruas variando entre sinuosas, mais largas ou mais estreitas. A parte baixa da cidade era local menos privilegiado, sujeito a ataques de invasores. Para proteger a cidade do perigo que vinha do mar, foram construídos vários fortes à beira mar, fazendo de Vitória uma praça-forte.
Edificadas de modo a obedecerem uma determinada distância entre si, as primeiras Igrejas: de Santa Luzia , a Matriz (hoje Catedral Metropolitana) e a igreja jesuítica de São Tiago (hoje Palácio Anchieta), ocuparam essa elevação, sempre voltadas  para dentro da área plana e formando adros à sua frente. 
Os jesuítas não foram os únicos religiosos a edificarem casas de reza na capital. Encontramos os franciscanos com sua primeira edificação ao sul do Brasil, o Convento de São Francisco, do qual, infelizmente,  restou somente seu frontispício e ruínas.
Também a ordem dos Carmelitas edificou convento, este chamado de Convento do Carmo.
Diferentes Irmandades e Confrarias destinadas à caridade dos menos privilegiados construíram suas igrejas. Assim temos a Igreja da Misericórdia, Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Igreja de São Gonçalo. 
Dos seis portos do Espírito Santo, três estão na capital, sendo o mais antigo o Porto de Vitória, situado às margens da área central da cidade. Até 1880, o porto era apenas um cais de madeira, chamado o "Cais do Schmidt", no lado oeste da ilha. Mas a partir de 1881 começam as exportações de café e, então, surge entre os políticos locais a idéia de transformar aquele cais num grande porto que centralizasse todo o comércio do Espírito Santo, eliminando a dependência comercial do Rio de Janeiro, e fizesse de Vitória um grande centro comercial. 
Essa construção seria responsável pela concepção de outra cidade, onde praticamente todos os antigos cais desaparecem, para dar origem ao Porto de Vitória. Todo o desenho da ilha foi assim modificado, morreu a cidade colonial voltada para o mar e uma outra começou a ser erguida. 
O porto é o responsável pelo mais recente aterro ocorrido no Centro da cidade de Vitória. As obras começam em 1911, com a construção de um  dique de meia maré, que entrava pela baía a fim de ganhar mais espaço para as instalações do porto e também chegar a um ponto nas águas onde houvesse maior profundidade para os barcos atracarem. Mesmo avançando baía adentro, durante muito tempo os navios operaram ao largo, e as mercadorias eram trazidas até os trapiches por meio de chatas ou flutuantes. Isso porque havia grande quantidade de rochas submarinas, as quais necessitavam de desmonte, o que só foi concluído em 1937.  
Em 1925, os Serviços de Melhoramentos de Vitória começou a construção de uma muralha de 130 metros de extensão e 3 armazéns. Estes agora são em número de 4 e na época foram construídos guardando certa distância um do outro, possibilitando brechas para um olhar à Baía. A necessidade de maior área para armazenar as cargas fez com que os galpões fossem ampliados, bloqueando a visão da Bahia de Vitória. Poucas brechas sobraram com ressalva àquela em frente à escadaria do Palácio Anchieta , onde se pode apreciar o movimento dos navios através das grades em ferro. 
Fonte:
http://www.achetudoeregiao.com.br/es/vitoria/historia.htm18/10/2010